Muitas vezes a doença vem e o desespero toma conta por não saber muito o que fazer. Nesse artigo trazemos as informações que você precisa saber para saber como proceder em um caso de AVC
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo.
Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. Desta forma, torna-se primordial ficar atento aos sinais e sintomas e procurar atendimento médico imediato.
Entrando mais no assunto, existem dois tipos de AVC, que ocorrem por motivos diferentes:
- AVC hemorrágico.
- AVC isquêmico.
ACV Hemorrágico
O AVC hemorrágico tem como causa, principalmente, a pressão alta descontrolada e a ruptura de um aneurisma. No entanto, também pode ser provocado por outros fatores, como:
- Hemofilia ou outros distúrbios coagulação do sangue;
- Ferimentos na cabeça ou no pescoço;
- Tratamento com radiação para câncer no pescoço ou cérebro;
- Arritmias cardíacas;
- Doenças das válvulas cardíacas;
- Defeitos cardíacos congênitos;
- Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), que pode ser provocada por infecções a partir de doenças como sífilis, doença de Lyme, vasculite e tuberculose;
- Insuficiência cardíaca;
- Infarto agudo do miocárdio.
Ele corresponde a cerca de 15% dos AVC e tem uma incidência de 10-20 casos por 100 mil/habitantes. A mortalidade chega a ser de até 40% no momento do sangramento. O AVC hemorrágico ocorre por uma ruptura de um vaso sanguíneo cerebral e, assim, o sangue espalha-se pelo tecido cerebral causando compressão e sequelas. As principais causas são a hipertensão arterial sistêmica, aneurisma cerebral, malformações artério-venosas, uso de drogas (cocaína, anfetamina), tumores, uso de anticoagulantes.
ACV Isquêmico
O AVC isquêmico ocorre em cerca de 85% das vezes. É responsável por uma mortalidade de 8 a 12% em 30 dias após seu início e dos sobreviventes cerca de 66% precisarão de ajuda para realizar suas atividades de vida diária ou serão institucionalizados devido a suas sequelas. O AVC isquêmico é uma obstrução aguda de um vaso sanguíneo cerebral, assim, a área atingida deixa de receber os nutrientes e ocorre a morte celular (isquemia/infarto).
E ele se divide em quatro subgrupos, com causas distintas:
AVC isquêmico aterotrombótico: provocado por doença que causa formação de placas nos vasos sanguíneos maiores (aterosclerose), provocando a oclusão do vaso sanguíneo ou formação de êmbolos.
AVC isquêmico cardioembólico: ocorre quando o êmbolo causador do derrame parte do coração.
AVC isquêmico de outra etiologia: é mais comum em pessoas jovens e pode estar relacionado a distúrbios de coagulação no sangue.
AVC isquêmico criptogênico: ocorre quando a causa do AVC isquêmico não foi identificada, mesmo após investigação detalhada pela equipe médica.
Quais os sintomas? Como que o AVC começa?
Existem alguns sinais que o corpo dá que ajudam a reconhecer um Acidente Vascular Cerebral. E os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são:
- Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
- Confusão mental;
- Alteração da fala ou compreensão;
- Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
- Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
- Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
IMPORTANTE! Caso qualquer um desses sintomas apareça, é fundamental ligar para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU – 192), Bombeiros (193) ou levar a pessoa imediatamente a um hospital para avaliação clínica detalhada.
Quanto mais rápido for o atendimento, maiores serão as chances de sobrevivência e recuperação total.
Quais os principais fatores de risco que podem desenvolver um AVC?
Existem diversos fatores que aumente a probabilidade de ocorrência de um AVC, seja ele hemorrágico ou isquêmico. Os principais fatores causais das doenças são:
- Hipertensão;
- Diabetes tipo 2;
- Colesterol alto;
- Sobrepeso;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Uso excessivo de álcool;
- Idade avançada;
- Sedentarismo;
- Uso de drogas ilícitas;
- Histórico familiar;
- Ser do sexo masculino.
Como prevenir o AVC?
Muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento de um AVC e de outras doenças crônicas, como câncer e diabetes. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, dependem apenas da pessoa e são os principais para prevenir essas doenças.
- Não fumar;
- Não consumir álcool;
- Não fazer uso de drogas ilícitas;
- Manter alimentação saudável;
- Manter o peso ideal;
- Beber bastante água;
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Manter a pressão sob controle;
- Manter a glicose sob controle.
A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC!
Diagnóstico do AVC
O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. Tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando sinais precoces de isquemia.
Assim que o paciente chega ao hospital, entre os cuidados clínicos de emergência estão:
- Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura.
- Checar a glicemia.
- Colocar a pessoa deitada, exceto se houver vômitos.
- Colocar acesso venoso no braço que não estiver paralisado.
- Administrar oxigênio, caso a pessoa precise.
- Determinar o horário de início dos sintomas por meio de questionário ao paciente ou acompanhante.
Os procedimentos com finalidade diagnóstica em neurologia estão contemplados no Sistema Único de Saúde – SUS.
Tratamento e reabilitação do AVC
Além de poder ser prevenido, o AVC também pode ser tratado e é importante ressaltar que a agilidade com que forem iniciados os cuidados estará diretamente ligada à redução nas sequelas. Por isso, devemos ficar sempre atentos a qualquer déficit neurológico de início imediato, pois eles podem ser sinais de que estamos sofrendo um AVC.
Se exames de imagens, como tomografia e ressonância magnética, detectarem que esse tipo de AVC está afetando uma artéria maior, pode ser realizada também uma trombectomia mecânica. Trata-se de uma técnica que permite a desobstrução da artéria com uso de um stent (pequenos tubos metálicos expansivos), desde que seja feita em até seis horas após o início dos sintomas.
Já para os AVCs hemorrágicos (o popular derrame cerebral), que são menos comuns, mas geralmente mais graves, pois provocam a ruptura do vaso com extravasamento de sangue para o interior do cérebro, são indicados medicamentos para tratar a pressão arterial elevada.
Depois de ter um AVC, alguns pacientes podem ficar com sequelas, como dificuldade em andar ou falar, e para esses pacientes Vitalis oferece todo o suporte. Temos uma equipe de profissionais especializados que atuam conjuntamente para ajudar os pacientes a retomarem suas rotinas e a terem uma melhor qualidade de vida.
Para tirar dúvidas, pedir mais informações ou agendar um horário com um de nossos especialistas, basta entrar em contato conosco através de nossos canais de atendimento.