A desidratação traz riscos para a sua saúde

O verão está chegando e com ele vem o grande calor da estação. Para aproveitar bem, é necessário estar bem hidratado. Saiba como se prevenir

A hidratação é fundamental

A água é vital para o organismo humano. Ela é responsável pelo equilíbrio térmico do corpo, além de participar do transporte de nutrientes para as células através do sangue e promover a limpeza e a desintoxicação do organismo. Por isso, é preciso ficar atento à hidratação, principalmente durante os períodos mais secos do ano.

E a desidratação é uma doença potencialmente grave que se caracteriza pela baixa concentração não só de água, mas também de sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de impedir que ele realize suas funções normais. A enfermidade pode ser secundária a diarreias agudas e afetar pessoas de todas as idades, mas é mais perigosa para as crianças (especialmente recémnascidos e lactentes) e para os idosos.

Tomar cuidados especiais com a hidratação da pessoa idosa é importante, porque elas são mais vulneráveis e desidratam com maior facilidade. Abaixo iremos falar sobre os riscos e em como se precaver, para poder curtir bem o verão e cheio de saúde.

O que causa a desidratação?

A desidratação ocorre se a água eliminada pelo organismo através da respiração, suor, urina, fezes e lágrimas, não for reposta adequadamente. Isso pode acontecer quando a ingestão de líquidos é insuficiente, nos quadros de vômitos, diarreias e febre, nos dias de muito calor por causa da transpiração excessiva, nos portadores de diabetes em função do aumento do número de micções e pelo descontrole no uso de diuréticos.

Quais os sintomas?

A desidratação pode ser classificada, segundo o grau de gravidade, em leve, moderada e grave. São sinais clássicos da desidratação leve e moderada a sede exagerada, boca e pele secas, olhos fundos, ausência ou pequena produção de lágrimas, diminuição da sudorese e, nos bebês, a moleira afundada. Dor de cabeça, sonolência, tonturas, fraqueza, cansaço e aumento da frequência cardíaca também podem estar associados aos episódios de desidratação.

Além desses sintomas, que se intensificam com o agravamento do quadro, nos casos de desidratação grave, podem surgir outros, como queda de pressão arterial, perda de consciência, convulsões, coma, falência de órgãos e morte.

Os cuidados que os idosos precisam ter

Os riscos de desidratação no verão são grandes, principalmente entre os idosos. O ajuste de temperatura corporal das pessoas com mais de 65 anos fica desequilibrado, o que interfere diretamente na sensação de sede, por exemplo.

Os idosos têm menos água no corpo do que as pessoas mais jovens. Por causa da diminuição do sistema de termostase, eles acabam desidratando mais rapidamente porque o organismo apresenta uma diminuição do número e da sensibilidade de receptores corporais que controlam a sede.

Outro fator que contribui para a perda de líquidos é que a espessura da pele dos idosos é menor. Isto faz com que a troca de calor com o ambiente ocorra mais rapidamente. Eles não conseguem segurar esta água, que já é pouca. É por isso que eles sentem mais calor e também mais frio, já que as camadas da pele são mais finas .

Medicamentos podem atrapalhar

O uso contínuo de medicamentos também pode favorecer a desidratação. Os hipertensos, por exemplo, que precisam tomar diurético têm a quantidade de urina aumentada e, consequentemente, precisam manter a reposição líquida corretamente para não correrem mais risco de desidratar. A ingestão de líquidos deve ser incorporada à rotina: mesmo que o idoso não esteja em casa, ele deve ter sempre uma garrafinha d’água à mão.

Como os idosos apresentam poucos sintomas de que estão precisando beber água, é importante os parentes ficarem atentos a sinais como dores abdominais, contraturas musculares (câimbras), vômito, dor de cabeça, tontura, fraqueza, excesso ou falta de suor e sintomas neurológicos como irritabilidade, alucinações, delírios e convulsões. Nestes casos, é preciso levar a pessoa imediatamente ao médico para que ele verifique o nível de desidratação.

Como se prevenir?

– Beber água
Os idosos não podem bobear com a hidratação. Normalmente, recomenda-se o consumo de pelo menos 2 litros de água por dia. Mas para um cálculo mais exato, indica-se beber 35ml de água a cada quilo. Se um idoso pesa 70kg, ele deve beber cerca de 2,450 litros de água diariamente

– Controlar temperatura
Por perderem líquido com mais facilidade, os idosos não devem ser expostos a temperaturas muito elevadas. É preciso controlar, também, a mudança de temperatura do ambiente. Não é recomendável sair de uma área muito quente e ir para outra muito fria.

– Ter boa noite de sono
Os idosos precisam ter uma boa noite de sono, pois enquanto dormem recompõem a energia do corpo. Noites mal dormidas podem deixar o idoso mais suscetível a doenças

– Avaliar esforço físico
Idosos que têm costume de praticarem atividades físicas em ambientes abertos devem dar preferência para os horários menos quentes, como o começo da manhã. Além disso, não devem prologar muito o exercício.

– Usar repelente
O verão é a época do ano em que mais acontecem casos de dengue, zika e chikungunya. O uso de repelentes é fundamental para evitar doenças, que nesta fase da vida, podem ser fatais.

– Passar protetor solar
Como a pele dos idosos é mais fina, há maior risco de queimaduras por causa do sol

– Usar roupas leves
As roupas mais leves ajudam a amenizar o calor sentido pelos idosos

– Comida mais natural
A comida mais natural possível facilita a digestão. Os alimentos gordurosos devem ser evitados

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Referências:
http://www.blog.saude.gov.br/promocao-da-saude/50095-a-desidratacao-pode-ser-umproblema-grave-para-os-idosos
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/desidratacao/
https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/idosos-correm-mais-risco-de-sofrer-dedesidratacao-saiba-como-evitar-este-quadro-23396624.html

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